sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Eu gosto de ler, isso é fato. 2011 foi o ano da leitura. O ano que mais conheci livros legais, outros não tão legais assim, mas sempre válidos. A maioria dos livros que li eram primeiras edições publicadas nos séculos XVIII, XIX e início do XX (morram de inveja!). Me alfabetizei no português da época também. Tudo ótimo!

Mas no auge dos meus 23 anos eu sinto falta de ler coisas atuais. Minha trajetória literária foi marcada pela presença dos blogs. Sou blogueira desde os 16 anos e adoro a velocidade da informação na internet. Adoro os diálogos entre os autores, as discussões, e apesar de estar meio capenga nesse quesito, estou sempre de olho no que está rolando na blogosfera. Porra, eu sou praticamente uma adolescente ainda. Será que só posso ser feliz literariamente com autores mortos?

Não sei se é porque eu fiquei mal acostumada, mas a verdade é que estou incansavelmente procurando por blogs de qualidade, e são poucos os que não são joio no meio do trigo. A blogosfera brasileira é medíocre. Ninguém é obrigado a dar uma de Foucault ao compor um blog, mas um pouco de coerência no próprio discurso é algo que os leitores cobram (e não estão errados em cobrar). Eu mesma cansei de me desiludir com a internet. Um dia você conhece um blog massa, de um autor massa, que escreve alguns textos massas. Você pensa "Ufa, me encontrei", mas de repente o tal autor prefere chamar de burro todos aqueles que não concordam com ele. E aí a cada vez que você abre a caixa de comentários do sujeito, a discussão está reduzida a se "fulaninho é burro ou não é?". Ou então é aquela autora que, a priore, você gostava da proposta dela, mas de repente a menina surta e fica utilizando uma doença para se promover.

Que existem trolls na internet isso é óbvio, mas quando você vê jornalistas renomados e professores universitários xingando muito no twitter, fica difícil saber quem é troll e quem não é. Ás vezes é mais fácil encontrar coerência e bom senso no blogdagatinhanomundodahellokitty.com, do que nos diários virtuais dos nossos brasileiros ilustres. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ah! Quer mesmo saber? Hoje eu estou feliz, apesar do dia cinzento que está lá fora, e apesar das minhas olheiras típicas de sábado de manhã. Estou feliz por mim mesma, por estar aqui de peito aberto, e por ter conquistado a empatia de algumas preciosas pessoas exatamente por isso, pelo meu peito, mente, corpo e coração abertos. Porque esse negócio de ser fechado não está com nada, e porque o preço que se paga em ser autêntico compensa.

E hoje me vejo aqui sozinha, de frente ao espelho, de cara com todas as minhas feiúras e me amando -  até porque ninguém é bonito descabelado, com a cara amassada, cheio de remela e com mal hálito, e todo mundo acorda assim. Amando o simples fato de poder decidir o que fazer com a minha vida. Pelo menos hoje não me preocupei com quem não gosta de mim, e somente dessa forma pude perceber que sim, eu me gosto. E eu adoro as coisas que faço, e adoro fazê-las. Esse é o meu combustível.

Então mulherada, quer saber? Foda-se que ele não gosta de você, que você comeu uma caixa de chocolates inteira, que você está alguns quilos acima do peso, que seu chefe está dando piti e que você borrou o rímel chorando num bar. Foda-se para todas essas coisas. Nenhuma delas ultrapassa o valor de ser assim, alguém com peito, mente, corpo e coração abertos.


"Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim." (Tati Bernardi) 

 
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