terça-feira, 12 de abril de 2011

Sinto falta de meu pai, do colégio, dos cachorros que tive e já morreram. Sinto falta do que fui um dia, do que não fui, mas imaginei ser. Sinto falta de quando eu não era Ana, mas era Anita, inserida numa ingenuidade cruel que se julgava madura. Mas no final era só ingenuidade da criança que queria ser algo. Sinto falta dos meus diários, do meu diário, de todos os versos que fazia com facilidade e não consigo mais. Sinto falta dos meus contos, das crônicas e das cartas de amor. Será que em troca de ser feliz, me tiraram o que eu mais gostava em mim?

Quando eu conseguir escrever sem pretensões, sem prisões, sem amarras, sem limitações, sem medo dos julgamentos, sem medo do meu próprio julgamento e principalmente: sem medo de chorar e sofrer como uma bezerra desmamada, eu volto para cá.
 
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